Hoje a gente carrega centenas de músicas em um pen drive ou no celular. Mas houve um tempo em que a mídia mais portátil e prática que existia era a fita cassete.
Um jeito era gravar do rádio. Foi assim que eu e minha irmã Mônica montamos nossas primeiras fitas, quando ela ganhou um gravador e toca-fitas, acho que era National. O aparelho não existe mais, mas era bem parecido com este outro, do Luiz, que ele usou até não poder mais.
Também era muito divertido gravar a voz da gente. Valia tudo: contar piadas, cantar, inventar uma radionovela e, principalmente, falar muita bobagem para depois morrer de rir escutando.
Só não valia se enganar na hora de reproduzir e apertar, sem querer, junto com o Play, o tal botão vermelho, aí desgravava tudo.
A Mônica ganhou o gravador lá nos anos 1970, e foi uma revolução nas nossas criações e brincadeiras. Mas só em meados dos anos 1980 tive acesso a uma maneira muito mais "moderna" de gravar fitas com seleções musicais. Eu estava na faculdade de Jornalismo e, além do emprego fixo, fazia uns bicos como revisora de livros para várias editoras. Entreguei um trabalho grande, ganhei um troco legal (pelo menos para os meus parâmetros de então) e fui correndo para os classificados do jornal, onde achei meu sonho de consumo, que adquiri em seguida: um 3 em 1 usado.
Depois, identificava tudo numa capinha feita a mão e pronto - tinha um cassete exclusivo!
Quando comecei a namorar o Luiz, em 1989, descobri que minhas capas eram simplórias. Olhem como eram as dele!!!
Nos anos 1990, quando já era difícil encontrar fitas para vender nas lojas de discos brasileiras (também elas se tornando cada dia mais raras), ainda era comum achá-las no comércio de Buenos Aires e Montevidéu. Nas nossas viagens às duas capitais, compramos algumas coisas bem interessantes, como estas da foto.
Não dá para falar em fita cassete sem lembrar de uma verdadeira maravilha tecnológica dos anos 1980: o walkman, como esse aí da foto (só uma ilustração, pois não pertencia a nenhum dos dois, os nossos se perderam no tempo).
Mas a gente se divertia!
Tô nesta!! Gravei minhas fitas para ouvir no toca-fitas do carro durante anos. Velhas seleções... E por falar em 3 em 1, tenho ainda um igualzinho ao da fotografia... É um Sony, não?? o meu funciona bem, ainda. o prato é Garrard, e os 100 wats são uma beleza! Não perde para os modernos. Boa tambem a seleçãode fitas castelhanas: anarco-revolucionária!! Ouvi muito a Violeta Parra, Merecedes, Victor Jara e Atahualpa... Viejos recuerdos...
ResponderExcluirE esse 3 em 1 tinha umas ondas curtas espetaculares.
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