sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Na "Folha da Criança", o meu primeiro "trabalho" publicado em jornal

Luiz Artur Ferraretto

Pela qualidade da minha primeira incursão no jornalismo, pode-se dizer que o meu futuro na profissão seria algo, na melhor das hipóteses, próximo do zero. Em contrapartida, ninguém deve reclamar da precocidade de minha tentativa. De fato, a culpa é toda do Dena, meu irmão, incentivador dos dois desenhos garatujados em meados de 1970, quando eu nem completara ainda cinco anos. Na época, todo sábado, a "Folha da Manhã", o jornal lido lá em casa, publicava um suplemento infantil. Na edição da "Folha da Criança" de 1º de agosto de 1970, portanto, estavam lá as minhas artes com uma ajudinha do Dena, que acrescentou meu nome e teve a inteligência de identificar cada uma das imagens incluídas nos desenhos.




Pelo jeito, ele e eu gostamos da brincadeira. Assim, logo em seguida, cometi mais um desenho, que saiu em 1º de janeiro de 1971. Pensando bem, o meu trauma em relação às qualidades desta terceira obra de arte, reiterando a falta de potencial das anteriores, talvez esteja na origem do meu futuro desinteresse pelo jornalismo impresso. 


Brincadeiras à parte, a "Folha da Criança", coordenada por Nize Puchalski Teixeira, marcaria o imaginário dos meninos e meninas dos anos 1970. Muito tempo depois, eu descobriria que a minha namorada também tivera uma experiência semelhante. Pois a Elisa enviava para a Tia Nize estorinhas, desenhos e poesias. Segundo ela, "de tanto encher o saco da coitada", um dia recebeu este livrinho aí da foto. A dedicatória diz tudo sobre a importância da "Folha da Criança" e de sua equipe para a gente.


3 comentários:

  1. Bacana Luiz, vocação pra jornalista. O melhor mesmo é guardar uma preciosidade destas...E a Elisa, não guardou um recorte?? Abraço

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    1. Infelizmente, não. De fato, quem guardou, no meu caso, foram os meus pais e o meu irmão.

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