Muita gente que foi
criança nos anos 1960 e 1970 alimentava um desejo secreto: ter um robô
como seu melhor amigo. Igualzinho ao Will Robinson da série "Perdidos no Espaço", com o
modelo B9, conhecido simplesmente como Robô. Inteligente, divertido, sensível
às vezes, sarcástico em outras, quase humano. Mas com uma força e um arsenal de
truques que nenhuma pessoa poderia oferecer.
Naquela época, a
gente fazia folia na rua sem medo de assaltante nem de traficante. Mas,
na nossa imaginação, sempre havia o risco de, enquanto se brincava de
roda, de pegar, de esconder, de passar anel, de fita
etc., surgir um alienígena horrendo, um monstro de oito
olhos, um gigante ou – horror dos horrores! – o Homem do Saco,
pronto a enfiar dentro daquele trapo sujo as crianças arteiras. Então,
ah, se a gente tivesse um robô para nos proteger!!! Ele avisaria:
"Perigo, perigo", de suas "mãos" sairiam raios e nós,
ilesos, ficaríamos cheios de orgulho por termos um amigo tão especial... Sonho nunca concretizado, mas sempre lembrado pela miniatura que
nos espia das estantes...
O Robô foi criado por
Robert Kinoshita. Anos antes, de sua imaginação também saíra o
Robby, do filme Planeta Proibido. Na foto, o velhinho (que morreu
em janeiro deste ano, aos 100 anos) com nossos dois amigos inesquecíveis.
Faz um tempo enorme que não sou mais criança, mas, como não se
confirmaram as previsões do passado, de que no longínquo ano 2000 todos
teriam seu robô pessoal, eu sigo sonhando com o meu. Afinal, amigos de
verdade são cada vez mais raros, e uma proteção extra nestes
tempos difíceis viria bem. Pena que o medo de hoje não seja mais
imaginário, não seja mais do alienígena esquisito, do monstro de mentirinha, do Homem do Saco...
Eu simplesmente adorava essa série !!!!
ResponderExcluirNós também, Pedro. E seguimos revendo alguns episódios.
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