Elisa Kopplin Ferraretto
Em um distante domingo à tarde, minha mãe me convidou para
assistirmos, na TV, a um filme com um ator de quem ela gostava muito. Foi assim
que, em meio a muitas risadas, conheci Jerry Lewis. Desde então, vi e revi
muitas vezes algumas das tantas histórias ternas e divertidas que ele estrelou,
principalmente aquelas que, nos anos 1970 e 1980, repetiam a
toda hora em alguma Sessão Comédia na TV.
Uma das cenas mais famosas está em “Errado pra
cachorro”: a da máquina de escrever invisível. Agitando as mãos no ar, Jerry Lewis imita os movimentos de quem está
batendo à máquina de escrever – datilografa, empurra o rolo de um lado para
outro, aciona a alavanca de mudança de
linha. Tudo isto, acompanhado de uma perfeita sonoplastia, cria a ilusão de que ali realmente existe uma
máquina.
Não dá para esquecer de Jerome Littlefield, o atrapalhado e hipocondríaco atendente de uma clínica em “O bagunceiro arrumadinho”. Uma das melhores cenas é aquela em que uma paciente vai exagerando seus problemas de saúde e Jerome começa a sentir todas as dores que
ela está descrevendo.
Mas
meu preferido é "Artistas e
modelos", em que o sonâmbulo Eugene
Fullstack sonha com as histórias de Vincent,
o Abutre.